Estamos preparados para começar. Já nos demos conta de que uma banda é uma empresa como qualquer outra. Temos a arte como um produto nas mãos, temos um setor comercial e de planejamento que muitas vezes concentra-se na figura do empresário assim como temos os setores de comunicação, marketing, gerência, logística enfim, todos os setores que uma empresa exige para ter um funcionamento salutar, a banda também necessita. Falaremos sobre cada um desses setores em posts futuros, afinal estamos começando uma banda, não temos capital, muito menos uma grande equipe, simplesmente uma banda que quer tocar e um ideal.
Temos duas etapas básicas no começo. A escolha do nome e o conteúdo do nosso produto. A escolha do nome, como todo projeto que decidimos fazer é primordial. É a síntese do que temos a oferecer, o nosso cartão de visitas. É certo que o projeto chegando a um patamar de sucesso, o nome tornar-se subjugado ao seu produto e acaba virando independentemente de qual seja, uma marca de sucesso. Quando pensamos na criação de um projeto, a escolha do nome sempre remete a a singularidade do produto. Fazemos um estudo de mercado, observamos quais os nomes mais usados, procuramos escolher algo que passe uma mensagem e seja difícil de ser esquecido. Muitos artistas mudam seus proprios nomes para causar efeito. Se hoje oferecêssemos a dupla Mirosmar e Welson David, com certeza receberíamos olhares de dúvidas e até posso dizer desdém, mas quando falamos no nomes artístico dessa mesma dupla, o contexto muda. Zezé di Camargo e Luciano, uma marca conhecida e consolidada de artistas da música popular brasileira. Um exemplo que costumo usar é a Ivete. Imagine-se hoje você pensando em um nome artístico, acho que Ivete não era um nome que cairia bem. Pare e pense, isole o nome Ivete, esqueça da diva da música popular brasileira. Pense simplesmente no nome. Seria o nome que você escolheria para sua carreira artística? Acho que não. Porém o poder do ídolo, a estrela se sobrepôs a simplicidade do nome, e hoje ninguém consegue pensar no nome Ivete sem criar uma ponte com uma marca de sucesso, uma artista de primeira grandeza, que pessoalmente hoje no Brasil, Ivete é o melhor exemplo de uma artista com visão empresarial. Como digo, ela sabe que vende (artisticamente falando) e se vende muito bem!
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IVETE?? |
Para tudo existe padrões. Eles são criados pelas mudanças de estilo, pelo que o mercado pede ou até por um modismo. Em termos de marcas independente do estilo, o "pop" começa a invadir os diferentes mercados. Cores, layouts, panos de fundos, tratamento de fotos e figurinos, hoje veêm misturando-se independente do estilo. Claro existem as nuâncias referentes em cada estilo porém o tratamento que vem dando-se muitas vezes se confunde. Hoje por exemplo difícil de ver um artista sertanejo de chapéu, bota e cinto com fivela grande. Quanto as marcas, elas vem simplificando-se em termos de tamanho e os nomes se modificando dando lugar a "apelidos", tudo com o intuito de simplificar, facilitar a memorização e uma grande jogada de marketing aonde você torna o artista ainda mais proximo do seu fã, afinal só apelidamos carinhosamente quem conhecemos. Ivete Sangalo por exemplo me referi a ela em todo o texto somente como Ivete, e nem por isso vocês deixaram de visualizar a artista, pois hoje Ivete Sangalo é simplesmente Ivete. Banda Eva agora é Eva. Exaltasamba está dando lugar ao Exalta, Araketu auto denomina-se Ara. Vem-se uma onda de miniaturização e simplificação dos nomes de tal forma que as próprias bandas adotam em sua nova identidade os novos "apelidos".
Outra tendência é a simbolismo. As marcas das bandas agora exploram a simplificação em símbolos, ou como os designers costumam chamar: A evolução da marca. Um símbolo que de cara remete ao artista, pode ter vários usos. Junto a fotos nas redes sociais criando campanhas virais, como o símbolo desenvolvido para o DVD da Ivete em Nova York e que foi feito um viral dentro do Twitter. O CL em formato de estrela criado para Claudia Leitte para o DVD em Copacabana. Uso em adesivos, grife de roupas do artista, acessórios e tudo que seja direcionado principalmente ao público A e B que são aversos a extravagâncias de fotos e nomes de artistas com grandes extensões, mas usariam um símbolo simples e moderno numa camisa, adesivando seu carro, etc.
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Logo 1 Logo 2 Logo 3 Com o resultado da modernização, hoje a banda Forró do Muído cria peças publicitárias usando apenas o "M" como símbolo criando assim uma referência ao produto: |
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Exemplo do uso do "M"como símbolo da logo Forró do Muído |